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  • Foto do escritorCássio C. Nogueira

O que é COMUN!CAGEM?



Desde criança, minha vida foi envolta no esforço em entender pessoas e no desafio de me comunicar bem com elas. Quando pequeno, tinha todos os fatores essenciais na qualificação para “alvo imperdoável de bullies”: dentes bem pra frente, míope de 7 graus, magérrimo, bem mais alto que a maioria das crianças e ainda batia joelhos e tornozelos, quando corria (foram inúmeros tombos épicos). Como a Psicologia ainda não tinha inventado esse “crime psicossociopedagógico”, só havia três maneiras possíveis para eu lidar com as agressões a mim dirigidas: 1. mergulhar em minha introversão e me esconder do mundo a qualquer custo; 2. aproveitar dos meus 15 ou 20 centímetros a mais de altura e partir para o confronto físico; 3. aprender a fazer aliados e a desestabilizar os valentes (e os covardes que os apoiavam) com a palavra. Bem, a raiva que me tomava quando alguém me provocava tornou impossível me esconder nas sombras da vida em sociedade; os centímetros a mais de nada serviam, porque eu não conseguia agredir uma formiga sequer; a solução adotada foi a única possível: aprender a me comunicar e a influenciar meus “coleguinhas” maus e bons.

Para isso, tive que encontrar algo em que pudesse me destacar para obter "moedas" de barganha, tanto materiais, quanto intelectuais. Com estratégia, aprendizado e observando e ouvindo atentamente todos ao meu redor, fui, degrau por degrau, escalando e conquistando espaços na impiedosa hierarquia social, da infância à pré-adolescência ⸺de matéria-prima dos experimentos do Dr. Frankenstein, no início do ensino básico, à figura popular de grande expressão local, no último ano do ensino médio, sempre em escolas públicas, foram exatos 1.3×10³⁹⁷ degraus (ou algo próximo disso). Desnecessário dizer que, ao final dessa ascensão, eu me tornara um expoente, enquanto aluno de altíssimas notas, atleta de grandes conquistas e aspirante “macho-alfa” da pior espécie, daquelas mais insuportavelmente arrogantes. Eu sobrevivi, o que era mais importante àquela altura de minha vida. A arrogância foi perdendo força com o tempo, ou ao menos assim eu quero acreditar...

A faculdade chegou e, sem qualquer dúvida ou hesitação, entender pessoas e me comunicar com elas se tornou profissão, o que foi vital, pois minha carreira foi repleta de mudanças de curso e novos caminhos. Desde o curso de Comunicação Social e do primeiro emprego em Publicidade e Propaganda, na Editora Abril, seguiram-se dias bem temperados com Psicologia, Análise e Planejamento e muita comunicação e criatividade. Depois vieram algumas extensões e especializações em Comunicação e Marketing, além de uma pós em Administração. Inglês e Gestão de Planejamento Estratégico me levaram para a área de gestão de educação, na Real Time English e na UniFAJ (Centro Universitário de Jaguariúna). Depois, veio a grande divisora de águas: a Programação Neurolinguística (PNL). Com ela, a consultoria de marketing e comunicação bilíngue, em empresas como a SPAL, a LBV, a Chr. Hansen e diversos projetos de capacitação profissional no setor público. Na sequência e no embalo, o Coaching Sistêmico, a Hipnose Ericksoniana e a Semântica Geral. Então, meu tempo passou a ser ocupado por gestão, aulas, consultorias, coaching e mais estudos. Um MBA em Gestão de Pessoas me levou pra dentro da indústria, mais precisamente para a Coca-Cola, e a formação em Psicanálise Lacaniana, seguida da capacitação em Terapia do Comportamento Racional Emotivo e da formação em Psicanálise Integrativa, me colocou dentro do consultório e novamente na sala de aula.

A incessante e intensa necessidade de entender pessoas e me comunicar bem com elas fez com que eu desenvolvesse diversas ferramentas, abordagens e estratégias com intuito fundamental de administrar crises, resolver conflitos e encontrar soluções. Esse longo trajeto foi repleto de ações e mudanças invariavelmente costuradas pela comunicação. Quando, em 2007, resolvi catalogar minhas experiências, organizar meu conhecimento e documentar minhas ferramentas e minha filosofia de trabalho, sob a forma de um método, precisava de um nome que expressasse a base fundada pela comunicação, em todos os seus aspectos do relacionamento humano, e viabilizada pela estruturação da ação, pautada por decisão e atitude. A ideia, assim, foi unir as palavras “comunicação” e “ação” de uma maneira original e atraente. Claro que “comunicação” já contém “ação” dentro de si, tanto no vocábulo, quanto em seu exercício, mas seria óbvio e pouco criativo adotar uma palavra tão comum. Foi quando tive a ideia de adotar o sufixo francês –agem, do latino –ātĭcum, oriundo da terminação grega –ατικός que servia para derivar adjetivos a partir de substantivos, denotando “relação” ou “capacidade natural”, ou ainda “pertencimento”, “aptidão” e “suscetibilidade”. Todos esses significados compõem e explicam o conceito funcional por trás dos eixos que movimentam minha metodologia. A “cereja do bolo”, per se, foi a sutil substituição da letra “i” pelo ponto de exclamação, “!”, o qual, além estabelecer ênfase, brinca com a percepção e os conceitos da comunicação, visto que muitos sequer notam a inversão do ponto ( i > ! ).

Assim surgiu o nome COMUN!CAGEM, o qual representa, grosso modo, tudo isso que descrevi até aqui e que, hoje, tem dimensões ainda maiores ao expressar e nutrir o sentido da sociedade com a mais dedicada e ética profissional “promotora de experiências” que conheço, Beatriz Lacerda, cofundadora de nosso Instituto.

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